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Avaliação, Ranking e Seleção

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      Exponho a seguir um exemplo que mostra a dificuldade de definição e aplicação de uma estatística em um processo de avaliação.

Tabela 1: Notas de 10 alunos, em escala de 0 a 100, avaliados em quatro disciplinas:

  disciplina1 disciplina2 disciplina3 disciplina4 soma
aluno1 81 81 81 99 342
aluno2 82 82 82 95 341
aluno3 83 83 83 91 340
aluno4 84 84 84 87 339
aluno5 85 85 85 83 338
aluno6 86 86 86 79 337
aluno7 87 87 87 75 336
aluno8 88 88 88 71 335
aluno9 89 89 89 67 334
aluno10 90 90 90 50 320

  Observa-se que o aluno1 é o melhor e o aluno10 é o pior segundo o critério de soma de pontos das disciplinas (tabela 1). Se for considerada a média aritmética das posições de um aluno nas disciplinas, tem-se resultado totalmente contrário: o aluno1 é o pior e o aluno10 é o melhor   (Tabela 2). 

 

Tabela 2: Posições de alunos nos rankings de diversas disciplinas.

  disciplina1 disciplina2 disciplina3 disciplina4 média
aluno1 10 10 10 1 7,75
aluno2 9 9 9 2 7,25
aluno3 8 8 8 3 6,75
aluno4 7 7 7 4 6,25
aluno5 6 6 6 5 5,75
aluno6 5 5 5 6 5,25
aluno7 4 4 4 7 4,75
aluno8 3 3 3 8 4,25
aluno9 2 2 2 9 3,75
Pedro 1 1 1 10 3,25

Na tabela 2, quanto mais baixa a média aritmética de um aluno, mais alto ele está situado no ranking geral.

Tem-se duas estatíticas, a da soma de notas ou pontos, e a da soma de posições, e que fornecem resultados totalmente opostos. Isto mostra como a utilização de uma estatística inadequada ou viciada pode causar danos irreparáveis dentro de um processo seletivo, seja dentro de uma escola ou universidade, seja em um concurso público.

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mathematician, master of sciences

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